Recesso... Reflexões

Cá estou eu em pleno recesso junino, me recuperando de uma cirurgia e já entediada com tantos dias livres. Sim, eu li, vi filmes, séries, joguei, e fiz tudo de novo e... cansei. O ser humano parece estar sempre insatisfeito: reclama que não tem tempo... diz que vai aproveitar o seu tempo para fazer tudo que não pode. Quando tem esse tempo, o que faz? Fica entediado... vai entender? Bem, mas em meio às tentativas de ocupar o tempo, dei um pulo nas redes sociais pra ver o que ocorria no mundo virtual e eis que me deparei com um texto onde uma professora questiona uma aluna sobre as razões dela ouvir uma música que nem ela mesmo gostava e obteve da aluna as seguintes respostas: é o que todo mundo ouve, É O QUE EU CONHEÇO. Essa frase me impactou de uma forma especial. Nos perguntamos sempre por que os jovens ouvem o que ouvem, falam o que falam, leem o que leem, mas será que já nos questionamos sobre o que tem sido apresentado a essa geração? Ah, as redes sociais, os meios de comunicação veiculam aquilo que o povo gosta e o povo gosta daquilo que artistas, jogadores de futebol, celebridades dizem que é bom. Bem, a interminável discussão sobre quem veio primeiro: o ovo ou a galinha, permanecerá e continuará desviando o foco da questão principal. O que é que nosso aluno conhece? Bem, a professora antes de fazer essa pergunta para a sua aluna, apresentou a ela um cantor de sua preferência e pasmem... a aluna gostou. Acredito que podemos focar menos nos problemas e apresentar a essa geração O QUE NÓS CONHECEMOS. Longe de acreditar que o que nós conhecemos é melhor e o que eles conhecem é pior, é preciso que nos aproximemos daqueles com quem passamos quase que o dia inteiro. Não é crime mostrar o que nós conhecemos e nem ouvirmos o que eles conhecem; isso se chama interação, troca, compartilhar. Isso talvez não mude o mundo, mas pode mudar a nossa visão, renová-la. O que eles conhecem? O que nós conhecemos? Vamos compartilhar? Aproveitando, quero compartilhar uma música que uma jovem me apresentou... Em tempo, quero dizer que não sou muito fã de rap, mas a letra da música "Não existe amor em SP, de Criolo, me chamou a atenção para as reflexões que ela traz e que está aí no texto.Boa troca pra você.